O racista
Costuma começar frases com: "Olha, eu não sou racista..."
Sempre tem uma justificativa imbecil para provar o contrário, quando acusado de racista:
"Eu tenho amigos negros."
"Olha o meu cabelo. Não é liso."
"Eu sou bisneto de escravos."
Refere-se ao negro como "moreno" ou "escurinho", porque acha que falar preto é ofensivo.
Apelida os negros magrinhos de "pelezinho" mas não apelida os brancos magrinhos de "cruijffzinho"*.
Tenta prender o riso quando ouve uma piada racista e a reprova com um sorriso babaca: "Que horror, gente. Isso dá cadeia!".
Adora repetir categoricamente que o maior racista é o próprio negro e cita um sujeito "moreno" que ele conheceu, que há vinte anos, numa conversa na casa do amigo do primo, disse que tinha raiva de ser preto. E ainda aponta para o fato do "escurinho" ter dito que era preto e não negro.
* Hendrik Johannes Cruijff, maior craque do futebol holandês e um dos maiores jogadores de todos os tempos. Jogou no Ajax, Feyenoord e no Barcelona entre outros times. Foi a grande estrela da Laranja Mecânica na Copa de 74, na Alemanha.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial